Mais uma crise nervosa, com direito a piripaque, tremedeira, pânico, choros convulsos e bancar a "Maria-Mijona-coitadinha-de-mim"! Já estou começando a acreditar naquela história de "histerismo" nas trintonas. Mas na verdade, na verdade, o que ocorre é que estou sendo muito relapsa ou suicida. Tomo remédios pra Fribromialgia, paro no fim de semana e entorno a lata. Assim não dá, remédio pra "lelé" com alcool? Bomba! E pois num é que explodiu na minha mão (e na de meu, já calejado, namorado).
Pois bem, cheguei a casa num estado deplorável, lavei o rosto, me olhei no espelho e dei um tapão no meu rosto. Parecia aquela cena do "Beleza Americana" com a Anette Bening. Pois é, e pensei "te ajeita mulher".
Corri para o computador e fiz o que sempre me alivia nessas horas. parece brincadeira mas esse pensamento do Chico Xavier sempre, sempre me acalma. Pois além de assertivas verdadeiras, dá o "tapa na cara" de quem (como eu), às vezes se achando o centro luminoso do Universo, crê que só quem tem problemas, dores, preocupações somos nós.
No Centro Espírita me ensinaram a lê-la em todos os momentos, pra mim sempre funciona. Aí está o pensamento:
"A sua irritação não solucionará problema algum…
As suas contrariedades não alteram a natureza das coisas…
Os seus desapontamentos não fazem o trabalho que só o tempo conseguirá realizar.
O seu mau humor não modifica a vida…
A sua dor não impedirá que o sol brilhe amanhã sobre os bons e os maus…
A sua tristeza não iluminará os caminhos…
O seu desânimo não edificará ninguém…
As suas lágrimas não substituem o suor que você deve verter em benefício da sua própria felicidade… As suas reclamações, ainda mesmo afetivas, jamais acrescentarão nos outros um só grama de simpatia por você…
Não estrague o seu dia.
Aprenda a sabedoria divina,
A desculpar infinitamente, construindo e reconstruindo sempre…
Para o infinito bem!"
Chico Xavier
E como o Universo sempre conspira a favor de quem se ajuda. Antes de dormir, estava a ler um livro da Agatha Christie ( nunca mais subestimo NENHUMA literatura). Estava lá uma mensagem de Deus para mim, nas letras da escritora e saídas da boca do personagem mais cético desta, o detetive Poirot:
CONFIE EM DEUS E CONTINUE TRABALHANDO!
Pronto. Foi o que fiz, acordei renovada, rezei, coloquei minha roupa executiva,minhas pérolas, minha maquiagem (a Dama de Negro estava de volta) e sorri aos quatro ventos sabedoura que tudo que eu fizer hoje dará certo.
Agora eu tenho um novo mantra.