segunda-feira, 12 de abril de 2010

A ternura inesperada de um sorriso.


Meu namorado divide o apartamento com o irmão dele. Garotinho insuportável, deveras! Está com vinte aninhos também, na fase do "eu posso tudo , o mundo se exploda ou se adapte a mim", dei um desconto aos seus verdes cajus.
Quando comecei a frequentar sua casa tentei conquistá-lo, afinal estava em seus domínios. Eram comidinhas, presentinhos, até arrumei seu quarto, lavei seu banheiro e suas roupas (a máquina na verdade) algumas vezes, mas nada deu jeito. Desisti, me toquei que o rapaz não almejava minha amizade. Passamos a uma convivência estranha, mas conveniente. Não nos falávamos. Era estranho, mas bom para os dois e cômodo.
Anteontem ele se mudou para morar com amigos, eu estava no apartamento, sua mãe veio e a ajudei a encaixotar as coisas dele. Ela pediu a meu namorado para levá-los. Despedi-me dela e desejei secretamente sorte a ele e fiz uma pequena prece.
Após saírem ele retornou para pegar algo que esquecera. Abri a porta e fui a cozinha. Ao sair ele me olhou e com um sorriso tímido, de cantinho de boca disse "Tchau,valeu!".
Eu que achei que ele não sabia sorrir, sorri também, com a ternura inesperada daquele sorriso.

4 comentários:

  1. Podeira ser timidez da parte dele ne ?
    bjos

    ResponderExcluir
  2. Não sei...mas me ficou a ternura do sorriso...

    ResponderExcluir
  3. Quando a gente pensa que não a vida nos sorri com ternura.

    É preciso aprender a captar esses momentos... Perder a ternura jamais.

    Tão bom vir aqui!

    ResponderExcluir
  4. Mulher, gosto de tê-la aqui! De verdade...

    ResponderExcluir