Quero os sorrisos de volta na garganta da minha mãe, a doce e distante cumplicidade do meu pai com meu irmão, as conversas "podes crer", os puxões de orelha. Desejo mesmo ardentemente aquele olhar reprovador, cínico e maduro, as "piadas de família", tão nossas, nosso dialeto pessoal. Quero o corpanzil branco avermelhado, imberbe e molecão andando por perto, os livros "furtados", o jeito ranzinza, as piadas " non sense", as críticas, o sorriso contido em que os dentes quase não aparecem.
Anseio aquele humor cáustico, a inteligência brilhante, as roupas rotas e puidas, as canetas que somem, o abraço distante e olhar eu-gosto-de-você-seu-chato(a).
Quero o menino loirinho de novo. Chegará aqui um homem, eu sei, já com seus cajus e histórias, tanto faz...que venha, ainda será meu loirinho frágil.
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