quinta-feira, 15 de outubro de 2009

A felicidade pode estar em uma delegacia.

Na delegacia ontem encontrei duas amigas que a tempos não via. A primeira, a própria delegada, sentou-se comigo e perguntei sobre sua vida. Depois das fofocas de praxe: os velhos tempos de faculdade, os implantes de silicone, as nossas famílias, o trabalho assoberbado, os amigos em comum etc. Perguntei sobre o casamento, contou que após um namoro de oito anos, se divorciou recentemente, me disse o quanto foi infeliz no casamento de apenas um ano, das humilhações que passou, dos jantares que ia e o recém ex-esposo desfilava com outra na sua frente ( e de toda corporação), do processo de divórcio que ainda tramitava na Justiça e todas as dores de um lar e um sonho desfeito.No relato notei algo estranho. Apesar de tudo, ela estava radiante, muito mais do que já havia visto.Não demorei muito a saber o motivo, estava grávida do novo namorado. Falou-me das mudanças em seu corpo e do desejo que sempre teve em ser mãe. Estava felicíssima,dava gosto de ver. Despedi-me com aquele abraço e aquele sorriso .Desejei, e de todo meu coração, tudo de bom. Na mesma delegacia eu precisei da cópia de um B.O, e quem eu procuraria para fazer isso? Inacreditavelmente outra amiga, que era servidora de lá, uma ex-cunhada. Ela também estava esfuziante, elogiei sua boa aparência. Depois das mesmas conversas, ela me aponta a mão esquerda, com uma anel grosso e brilhante de ouro no anular.

-Casou?

-No civil. Semana passada. Também depois de sete anos! O religioso só no ano que vem quando o apartamento ficar pronto! Mando o convite.

-Parabens, mesmo, ele é um bom rapaz. Sei que será muito feliz.

-Eu já ESTOU muito feliz!

Pensei em nós, três mulheres, três amigas, três histórias, três Estados Civis. Uma divorciada, uma casada e uma solteira. Três mulheres felizes, bonitas e profissionais. Descobri que a felicidade não depende de nosso estado civil, nem de nossa beleza ou da nossa profissão. Depende do caminho que trilhamos para alcançá-la.


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